Mundo Novo, Terra Mater,
Amamos-te há 179 anos, desde quando,
debruçados sobre a tua História, sentimos a exaustão de teus descobridores aqui
recém-chegados com suas roupas suadas, rasgadas pelos espinhos de seu caminho
acidentado por entre densas matas, quando José Carlos da Motta, Joaquim José de
Assumção, Cabrinha e demais aventureiros jogaram suas túnicas sobre nosso solo
e fertilizaram nosso vale após exaurirem sua sede nas águas límpidas descidas
do “Chicoxó.
Reverenciamos-te
há 154 anos, quando teu primeiro vigário
foi à Capital do Brasil buscar livros e jornais para montar tua primeira
biblioteca.
Há
122 anos nos orgulhamos de ti, quando inspiraste Manoel Victorino Pereira a nos dar nossa carta de alforria a
1º de março de 1890, atendendo às tuas justas reivindicações.
E
hoje, tantos anos decorridos, ainda nos comovemos quando nos lembramos que o Pe. Daltro, num momento de extrema emoção,
ofertou uma caneta de ouro para que o teu primeiro prefeito, o Dr. Amâncio
Pedreira Gomes, assinasse a sua ata de posse.
Há
116 anos nos tornamos urbanos e destemidos quando a Lei de 1896 nos concedeu os
foros de Cidade.
A
partir daí tudo passou a ser festa, quando por nossas ruas passaram a desfilar
os exímios músicos das filarmônicas Lyra e Euterpe Mundo-novenses.
Desde
então nossas crianças passaram a desfilar por nossas ladeiras com suas
promissoras fardas estudantis, para te dizer que nosso amor é eterno pela
devoção a nossos antepassados e pela fé em nossos filhos.
Juramos-te
que tua bandeira jamais será ultrajada enquanto um mundo-novense houver.
Assim
te prometemos, denodada Terra, túmulo de nossos pais e berço de nossos filhos.
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