quinta-feira, 4 de abril de 2013


Mundo Novo, Terra Mater,
Amamos-te há 179 anos, desde quando, debruçados sobre a tua História, sentimos a exaustão de teus descobridores aqui recém-chegados com suas roupas suadas, rasgadas pelos espinhos de seu caminho acidentado por entre densas matas, quando José Carlos da Motta, Joaquim José de Assumção, Cabrinha e demais aventureiros jogaram suas túnicas sobre nosso solo e fertilizaram nosso vale após exaurirem sua sede nas águas límpidas descidas do “Chicoxó.
            Reverenciamos-te há 154 anos, quando  teu primeiro vigário foi à Capital do Brasil buscar livros e jornais para montar tua primeira biblioteca.
            Há 122 anos nos orgulhamos de ti, quando inspiraste Manoel Victorino  Pereira a nos dar nossa carta de alforria a 1º de março de 1890, atendendo às tuas justas reivindicações.
            E hoje, tantos anos decorridos, ainda nos comovemos quando nos lembramos  que o Pe. Daltro, num momento de extrema emoção, ofertou uma caneta de ouro para que o teu primeiro prefeito, o Dr. Amâncio Pedreira Gomes, assinasse a sua ata de posse.
            Há 116 anos nos tornamos urbanos e destemidos quando a Lei de 1896 nos concedeu os foros de Cidade.
            A partir daí tudo passou a ser festa, quando por nossas ruas passaram a desfilar os exímios músicos das filarmônicas Lyra e Euterpe Mundo-novenses.
            Desde então nossas crianças passaram a desfilar por nossas ladeiras com suas promissoras fardas estudantis, para te dizer que nosso amor é eterno pela devoção a nossos antepassados e pela fé em nossos filhos.
            Juramos-te que tua bandeira jamais será ultrajada enquanto um mundo-novense houver.
            Assim te prometemos, denodada Terra, túmulo de nossos pais e berço de nossos filhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário