sábado, 11 de maio de 2013


TRIBUTO A PAULO EMÍLIO COSTA
            Meu caro amigo, li, com particular interesse, seu último pronunciamento contra a instituição da pena capital para os crimes hediondos. Respeito, com sinceridade, seus nobres sentimentos, porque sua paciência é divina. O homem está na terra há 4,56 bilhões de anos (seis mil anos para a Bíblia), e Deus continua, pacientemente, tentando a sua recuperação. Nós também vínhamos pacientemente tentando o mesmo desiderato, mas, a diferença agora, meu jovem doutor, é que até à minha geração o homem furtava, dando-nos chance de tentar recuperá-lo através dos milhares de insuficientes medidas de alcance social que tomamos. Agora  esse tempo não nos é mais dado, eles estão dizimando as nossas famílias barbaramente, nos tirando do cenário das lutas. É preciso repetir sempre: a pena capital para os crimes hediondos não visa resolver o problema da criminalidade, mas por “um freio de acomodação” na sociedade, para que tenhamos a oportunidade de continuar nessa luta que é sua, que é minha, que é de todos nós.
            Meu abraço, valioso amigo. 

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