DEOCLECIANO MEIRELES, autodidata mundo-novense,
nascido no arraial da Ingazeira, intelectual, poeta, orador brilhante,
comerciante e pecuarista, prestigiado colaborador do Jornal Mundo Novo, ainda
não mereceu uma justa homenagem da sociedade mundo-novense que ele tanto amava.
Quem sabe a nova Câmara de Vereadores, composta também de valorosos
intelectuais, fará as devidas honras. Recentemente caiu-me às mãos um soneto de
sua autoria, escolhido pessoalmente pelo poeta Guilherme de Almeira como um dos
melhores que já chegou ao seu conhecimento, intitulado Eterna História:
"Não te esqueças de mim, querido meu..."
Esta frase, dolente e enternecida,
Selada pelos beijos que me deu,
Tornou-me intensa a dor da despedida!...
Parti, saudoso e só, - novo Romeu -
Na catedral do pensamento erguida,
Durante todo o tempo que correu,
Sua imagem - farol da minha vida!...
Muito sofri, a tudo indiferente,
Pois. d'alma e coração, estava crente
No suspirado dia do himeneu...
Porém, quando voltei, tudo desfeito:
Já não era mais eu o seu eleito...
"E foi ela, afinal, que me esqueceu!..."
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