domingo, 14 de julho de 2013

VIVALDO RODRIGUES DA SILVA
Por Dante de Lima


            Mundo Novo perdeu um grande filho: Vivaldo Rodrigues da Silva, conhecido por todos como “Bagdá”. Nascido na terra mundo-novense no dia 24 de dezembro de 1931, provindo de origem humilde, tornou-se um político ativo, tendo sido presidente de seu partido, o PMDB e eleito vereador nos quadriênios de 1983 a 1988, quando foi líder de seu partido e do prefeito Raimundo Souza Costa, sendo novamente eleito no quadriênio seguinte (1989 a 1992), na gestão de Cléverson Nogueira Barbosa, seu amigo “Clevinho”.
         Teve uma vida sofrida, porém vitoriosa: aos quatorze anos de idade foi obrigado a abandonar os estudos para assumir os encargos de chefe de uma família pobre.  Sua primeira atividade foi de coadjutor do saudoso Pe. Nicanor de Oliveira Cunha, a quem ele creditava a formação de seu caráter. Tangido pela necessidade, iniciou-se no oficio de sapateiro, tendo depois galgado a posição de serventuário da justiça e depois se tornando funcionário dos Correios e Telégrafos.
         Inteligente, trabalhador, idealista, seguiu a sua vocação de jurista, diplomando-se em Ciências Jurídicas. Até recentemente era o advogado decano de Mundo Novo.
         Além de intelectual era um seresteiro romântico e jactava-se de ter feito seus maiores amigos na boêmia. Naquele meio ele era insuperável com sua alegria, sinceridade, solidariedade e com as suas frases de efeito que arrancava risadas de todos. Nunca vamos esquecer as suas “tiradas” e agora podemos imaginar seu diálogo com São Pedro  na porta do céu:
- Mestre, nem vou perguntar como o senhor vai, pela apresentação já vi tudo!
         São Pedro há de ter sorrido com benevolência e o ter mandado aguardar na sala de triagem. Ali acomodado, com um querubim tocando músicas suaves, ele há de ter sugerido ao Porteiro celestial:
- Mestre, não sai um “vinhozinho”, não?
- Filho, você está no céu. Se quiser tomar um “viozinho” vai ter que descer lá para a terra.
- Nunca diga isso, Mestre, o homem nunca desce! Mas, é um “vinhozinho” de missa!”
         São Pedro, tocado pela simpatia do recém-chegado, manda servir uma taça da bebida dos deuses. O visitante saboreia a bebida e diante da belíssima música ambiental, comenta: “Como é que não se bebe!”
         De repentente, chega um grupo de anjos alegres e rumoroso. Nosso terráqueo interfere: “Que foi que houve, que alegria é essa? O grupo sorri e acomoda-se a um canto. Nosso inolvidável amigo suplica: “Oh, seu anjo, canta uma música aí!”
         São Pedro já não se pode concentrar e decreta: “Oh! Filho, pode adentrar no céu, ele é todo seu, você merece!”

         

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