VIVALDO RODRIGUES DA SILVA
Por Dante de Lima
Mundo Novo perdeu um grande filho: Vivaldo Rodrigues da Silva, conhecido
por todos como “Bagdá”. Nascido na terra mundo-novense no dia 24 de dezembro de
1931, provindo de origem humilde, tornou-se um político ativo, tendo sido
presidente de seu partido, o PMDB e eleito vereador nos quadriênios de 1983 a
1988, quando foi líder de seu partido e do prefeito Raimundo Souza Costa, sendo
novamente eleito no quadriênio seguinte (1989 a 1992), na gestão de Cléverson Nogueira
Barbosa, seu amigo “Clevinho”.
Teve uma vida sofrida, porém vitoriosa:
aos quatorze anos de idade foi obrigado a abandonar os estudos para assumir os
encargos de chefe de uma família pobre.
Sua primeira atividade foi de coadjutor do saudoso Pe. Nicanor de
Oliveira Cunha, a quem ele creditava a formação de seu caráter. Tangido pela
necessidade, iniciou-se no oficio de sapateiro, tendo depois galgado a posição
de serventuário da justiça e depois se tornando funcionário dos Correios e
Telégrafos.
Inteligente, trabalhador, idealista,
seguiu a sua vocação de jurista, diplomando-se em Ciências Jurídicas. Até
recentemente era o advogado decano de Mundo Novo.
Além de intelectual era um seresteiro
romântico e jactava-se de ter feito seus maiores amigos na boêmia. Naquele meio
ele era insuperável com sua alegria, sinceridade, solidariedade e com as suas
frases de efeito que arrancava risadas de todos. Nunca vamos esquecer as suas
“tiradas” e agora podemos imaginar seu diálogo com São Pedro na porta do céu:
-
Mestre, nem vou perguntar como o senhor vai, pela apresentação já vi tudo!
São Pedro há de ter sorrido com
benevolência e o ter mandado aguardar na sala de triagem. Ali acomodado, com um
querubim tocando músicas suaves, ele há de ter sugerido ao Porteiro celestial:
-
Mestre, não sai um “vinhozinho”, não?
-
Filho, você está no céu. Se quiser tomar um “viozinho” vai ter que descer lá
para a terra.
-
Nunca diga isso, Mestre, o homem nunca desce! Mas, é um “vinhozinho” de missa!”
São Pedro, tocado pela simpatia do
recém-chegado, manda servir uma taça da bebida dos deuses. O visitante saboreia
a bebida e diante da belíssima música ambiental, comenta: “Como é que não se
bebe!”
De repentente, chega um grupo de anjos
alegres e rumoroso. Nosso terráqueo interfere: “Que foi que houve, que alegria
é essa? O grupo sorri e acomoda-se a um canto. Nosso inolvidável amigo suplica:
“Oh, seu anjo, canta uma música aí!”
São Pedro já não se pode concentrar e
decreta: “Oh! Filho, pode adentrar no céu, ele é todo seu, você merece!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário