segunda-feira, 21 de abril de 2014

REUNIÃO DA COMISSÃO DE DIREITOS  HUMANOS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Assisti essa madrugada a gravação de uma reunião da Comissão de Direitos Humanos. Na verdade a reunião já estava chegando ao seu final, tendo eu ouvido e visto apenas o pronunciamento de dois deputados. Primeiro uma nobre deputada, que ultrapassou todo o tempo lhe era concedido, defendendo o direito das presidiárias de poderem usar seus batons, fazer suas maquiagens e disporem de uma toalete decente onde possam se aprontar para receber seus maridos nos dias de visitas. “Finalmente elas são mulheres”, concluiu. A deputada foi secundada por outro nobre deputado que indignado, queixou-se de estar sendo agredido verbalmente por pessoas que defendem o aumento das penas e “vejam Senhores deputados, estão defendendo até a pena de morte!”. Teceu duras críticas aos juízes que estão determinando o recolhimento de condenados sem perquirir antes se há vagas nas penitenciárias.  Tudo digno de aplausos, tudo muito humano. Eu sé fiquei indignado porque nem uma palavra foi dedicada a você que teve seu pai assassinado no trabalho, nas ruas e até dentro de casa. Não foi dedicada uma palavra a você que teve seu filho morto violentamente por causa de um celular. Nenhuma palavra foi dedicada àqueles que tiveram suas mães, suas esposas, suas filhas estupradas em plena luz do dia (foi noticiado na TV, outro dia, que uma jovem de quatorze anos foi estuprada num banho de sol em plena praia do Leblon, no Rio de Janeiro). Nem uma palavra foi dedicada aos policiais que estão sendo mortos em pleno exercício de seu dever em defesa da sociedade. Sem comentários!

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