Quando você constitui um procurador, você entrega a ele um instrumento
de procuração delimitando os poderes que ele poderá exercer em seu nome. Quando
você vota num agente político, você igualmente está constituindo um procurador,
só que você não está delimitando os poderes que ele exercerá em seu nome. É
como se você lhe estivesse dando uma carta em branco. Por exemplo: se um
candidato lhe pedisse um voto, você lhe daria poderes para ele instituir seus próprios salários? Suas
infindáveis mordomias? Seu fundo partidário? Você outorgaria poderes ao presidente da
república para ele escolher seus eventuais juízes quando ele prevaricasse?
Claro que não. Há algo de errado em nossa democracia liberal!
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
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