Invocação aos Jovens,
Estamos comemorando mais um sete de
setembro, talvez, o mais preocupante desde 1822. Ideologias antagônicas medem forças e muitos já pedem uma
secessão entre o nordeste e o sul do Brasil, ameaçando nossa unidade
territorial, orgulho de nosso povo desde a expulsão do Reino Unido de Portugal
e Algarves.
Expulsamos nossos pais e agora queremos adotar um padrasto alienígena. As
forças constituídas, por sua maioria, embriagaram-se com o poder e se
corromperam, instalando-se uma luta entre bem e o mal, como diria Castro Alves:
“o duelo da treva e do clarão”. E nessa balbúrdia perguntamos: Que futuro
estamos deixando para os nossos filhos e netos?
Essa falta de
patriotismo nos trás saudades de Osório e do Duque de Caxias. Sentimos a
carência de líderes confiáveis e de homens do caráter de Abraham Lincoln, que à
custa de sangue, salvou a unidade norte-americana. Com as honrosas exceções,
cada líder convocado pelo eleitorado é mais uma decepção. “Andrada! Arranca
esse pendão dos ares, Colombo! Fecha a
porta de teus mares”. Até os mercenários
da fé profanam os templos de religiões diversas. Diante desse quadro tétrico, o
homem comum, como filósofo Diógenes da Grécia, sai às ruas em pleno dia, com um
candeeiro nas mãos à procura de um homem honesto.
Convertamos as comemorações deste dia numa
oração contrita, invocando luzes do céu. Que essa geração de jovens
inteligentes nos seja a salvação. Vocês são a nossa esperança, já que não
soubemos lhes legar uma Pátria gentil, para o bem do Brasil. Boa Sorte!
Mundo Novo, 7 de setembro de 2019.
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